Embora existam diversos mecanismos para explicar a hipertrofia muscular, vou direto ao ponto, usando uma expressão cunhada pelo médico José Carlos Souto “a realidade tem primazia sobre os mecanismos”:
Para que ocorra Hipertrofia é preciso que haja aumento das proteínas contrateis dentro de uma fibra muscular, aumentando seu diâmetro e consequentemente a área de sessão transversa do músculo.
Isso ocorre quando a taxa de síntese de proteínas supera a taxa de degradação.
Como assim, Rafa?
Nosso corpo está em constante quebra e síntese de proteínas. Para que o Hipertrofia (aumento do tamanho do músculo) ocorra, é preciso que a síntese supere a degradação ao longo do tempo.
Ou seja, em última análise, ela é resultado de períodos acumulativos de balanço proteico positivo.
O balanço proteico positivo se dá tanto pela ingestão de proteína através da alimentação, quanto pelo estímulo de tensão gerado pelo treinamento resistido.
Logo, para maximizar a hipertrofia, é preciso do estresse imposto pelo treino somado à ingestão de doses adequadas de proteína, não necessariamente em uma janela específica de tempo (“nutrient timing” e janela anabólica serão aprofundados em posts futuros).
No entanto, vale salientar que o treino de força também tem grande influência na taxa degradação de proteínas.
Isso não significa que o treino tem importância secundária no processo, inclusive estudos recentes têm trazido uma nova abordagem quanto ao processo de hipertrofia, sugerindo que o treino regular tem a capacidade de aumentar a taxa basal de síntese proteica.
A taxa de síntese proteica pode variar entre os sujeitos, inclusive, sujeitos treinados, tendem a ter uma curva diferente de elevação da síntese após o treinamento quando comparados a sujeitos destreinados.
O que tem implicações importantes para o treinamento e para escolha da frequência e distribuição do treino ao longo da semana.
Mas isso fica para o próximo post…